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quarta-feira, 23 de março de 2011

Gestos que Salvam em Lordelo

Decorreu a 14 de Março uma acção de sensibilização na Escola de Lordelo, promovido pelo grupo de trabalho do Projecto da Saúde (Lordelo na Rota da Saúde) onde se mostrou a importância de se saber estabilizar uma vítima até à chegada dos meios diferenciados de socorro como sendo fundamental para a sua sobrevivência.  Foi o objectivo da acção que decorreu na Escola de Lordelo realizada pelo projecto para a saúde, que teve a participação do Centro de Formação de Socorristas de Gaia.
Parabéns pela acção desenvolvida ao grupo de trabalho do Projecto da Saúde!...

Para saber mais consultar: http://www.peslordelo.blogspot.com/

terça-feira, 22 de março de 2011

Enquadramento Conceptual, Pobreza e Exclusão Social

Existem diversas e inúmeras formas de definir a pobreza. A pobreza é uma manifesta violação de todos os Direitos Humanos: civis, políticos, económicos, sociais e culturais.
De uma forma muito geral, a pobreza está directamente ligada à carência material, podendo ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais, focando-se mais ao nível das necessidades básicas. No entanto, esta definição é muito limitada, dado que a pobreza está também directamente associada à falta de recursos económicos e incapacidade de participar na sociedade de uma forma digna. Assim, pode considerar-se que uma pessoa vive em situação de pobreza se o seu rendimento e recursos são insuficientes e a impedem de ter um nível de vida considerado como aceitável na sociedade em que vive.
Associados à pobreza aparecem uma série de factores que podem contribuir de forma directa para o agravamento da situação tais como o desemprego, baixos salários, habitações precárias, dificuldade de acesso aos serviços de saúde, baixas habilitações literárias, entre outras. Uma pessoa em situação de pobreza encontra-se assim marginalizada e excluída da participação nas actividades (económicas, sociais e culturais) que são norma para as outras pessoas e o seu acesso aos direitos fundamentais pode ser restrito.
Neste sentido foi definido o limiar da pobreza que se traduz em 60% do rendimento médio do país, ou seja, no caso de Portugal, uma pessoa é considerada abaixo da linha de pobreza se, após as transferências sociais, tiver rendimentos inferiores a cerca de 360€.

Directamente associado ao conceito de pobreza, aparece-nos a noção de exclusão social que pode entender-se como um processo de sucessivas rupturas com os vários sistemas sociais básicos: o social, o económico, o institucional, o territorial e o das referências simbólicas (Bento, et al., 2002).

A pobreza funciona, frequentemente, como “(…) uma ponte para a exclusão, uma vez que esta detém características multidimensionais que articulam: baixo nível de rendimento com baixo grau de escolaridade, saúde precária, fraca integração no mercado de trabalho e no tecido social, tornando-se por isso um factor de potencial marginalização” (Silva, et al., 1989).

Situação em Portugal e Europa
Estima-se que cerca de 78 milhões de pessoas na UE - 16% da população, estão actualmente sob a ameaça da pobreza.
A Desigualdade na distribuição do rendimento centra-se na diferença entre a média dos rendimentos dos 20% da população com maior rendimento e dos 20% da população com menor rendimento.
Ainda que a situação tenha tido uma evolução positiva, como se pode ver na imagem seguinte, a taxa de pobreza em Portugal ainda se mantém superior à média europeia.
Apesar do risco de pobreza entre os mais idosos ter diminuído de 26% para 21%, o mesmo não aconteceu entre os mais jovens. No espaço de um ano, o risco de pobreza entre a população até aos 18 anos, cresceu de 21% para 23%.
Os dados do Eurostat divulgados dão conta de que 18% da população portuguesa viveu, em 2008, com menos de 5.800 euros anuais, ou seja, com menos de 60% do Rendimento Nacional per capita, a medida que define o limiar da pobreza.
Os dados do organismo responsável pelas estatísticas europeias mostram que, em 2008, as taxas mais elevadas de pessoas em risco de pobreza foram detectadas na Letónia (26%), Roménia (23%), Bulgária (21%), Grécia (20%), Espanha (20%) e Lituânia (20%).
As menos elevadas na República Checa (9%), Holanda (11%), Eslováquia (11%), Dinamarca (12%), Hungria (12%), Áustria (12%), Eslovénia (12%) e Suécia (12%).
A taxa de «risco de pobreza» é uma medida relativa que permite a comparação entre Estados-membros, visto que o limiar de pobreza varia enormemente entre países.

Desemprego
O desemprego ultrapassou já os 10%, prevendo-se que este valor suba aos 11% ainda em 2010. As mulheres continuam a apresentar uma taxa de desemprego superior à dos homens.
De acordo com os dados divulgados pelo gabinete de estatísticas da União Europeia, a taxa portuguesa ultrapassou a média dos 16 países da Zona Euro que é de 9,8%, o valor mais elevado dos últimos 11 anos, e ultrapassou também a média de 9, 3%registada nos 27 países que formam União Europeia. Em comparação com 2008, regista-se um aumento da taxa de desemprego em todos os Estados-Membros. Ao todo, na União Europeia, há cerca de 22, 5 milhões de pessoas sem emprego.
No final de 2009, cerca de 5.075 milhões de pessoas eram consideradas como população inactiva, segundo dados do INE. Destas, 3.461 milhões têm mais de 15 anos, uma percentagem significativa são mulheres (2.072 milhões) e 1.561 milhões de pessoas têm mais de 65 anos.
Relativamente à população desempregada, estima-se que existiam quase 550 mil pessoas nesta situação, no final de 2009. Deste número, a maioria são pessoas em plena idade activa, com baixos níveis de escolaridade – cerca de 390.000 pessoas possuem apenas escolaridade até ao 3º ciclo.
Quanto aos desempregados a receber subsídio de desemprego o número fixou-se, em Novembro de 2009, em cerca de 350 mil pessoas, sendo que 183 mil são mulheres. O valor médio do subsídio atribuído foi de 463€/ pessoa/ mês.
Segundo Alfredo Bruto da Costa (2008), estima-se que cerca de 35% das pessoas em situação de pobreza está empregada mas, devido aos baixos salários e precárias condições laborais, não conseguem fazer face às despesas.
Existiam, no final do 3º trimestre de 2009, 55.655 milhões de pessoas consideradas como população activa e 5.017 milhões estavam empregadas, sendo que destas, 3.377 milhões possuem apenas a escolaridade básica, até ao 3º ciclo.

Rendimento Social de Inserção
O RSI foi criado em 2003 e veio substituir a medida então existente, o Rendimento Mínimo Garantido. Define-se como uma medida de política que visa garantir às famílias mais pobres um rendimento que lhes permita aceder, por um lado, a um nível mínimo de subsistência e de dignidade, e por outro, a condições e oportunidades básicas para o início de um percurso de inserção social. O RSI é composto por duas vertentes: uma consiste numa prestação pecuniária; a outra, está relacionada com um programa de inserção socioprofissional que os beneficiários são obrigados a subscrever.
Em Novembro de 2009, segundo dados da Segurança Social, existiam 388.060 pessoas a beneficiar desta medida (em 2000 eram cerca de 147.000 beneficiários), sendo que 206.831 são mulheres e cerca de 147.010 são beneficiários com idade inferior a 18 anos. A 63.046 famílias foi-lhes atribuído o escalão Sem Rendimentos, sendo que o valor médio da prestação por família é de 242,38€ e por indivíduo de 93,30€.
Salienta-se ainda que houve um aumento de 15,3% face ao ano anterior e que 1 em cada 3 beneficiários do RSI são trabalhadores no activo que, devido aos baixos salários, não conseguem fazer face às despesas.

Pensões sociais e de velhice
Em Portugal existem, segundo dados do ISS do final de 2009, cerca de 2 milhões de reformados por velhice e invalidez pelo regime geral da Segurança Social, sendo o valor médio das pensões de 386€ e, no caso das mulheres, a média é de 294€.
O valor da pensão social, atribuída por velhice ou invalidez a pessoas em situação de carência económica abrangidas pelo regime não contributivo, é de 187,18€.
Cerca de 79% dos pensionistas, por invalidez e velhice, recebem pensões inferiores a 407,40€ (Seg. Social, 2008).
Texto AMI

AMI regista maior aumento de sempre de pobreza em Portugal

Os números de 2010 revelam o pior ano em termos de pobreza em Portugal desde que a AMI tem registo. Mais de 12.300 pessoas solicitaram apoio nos nove centros sociais da fundação pelo país, nas Olaias, Chelas, Cascais, Almada, Porto, Vila Nova de Gaia, Coimbra, Funchal e Angra do Heroísmo. Um valor sem precedentes, que representa um aumento de 40 por cento considerando os últimos cinco anos e de 24 por cento relativamente ao ano anterior.
As áreas metropolitanas de Lisboa e Porto continuam a ser as zonas mais afectadas pelo flagelo da pobreza e da exclusão social. Do total de pessoas apoiadas no ano passado pela AMI, 45 por cento reside na Grande Lisboa (Olaias, Chelas, Almada e Cascais) e 40 por cento no Grande Porto (Porto e Vila Nova de Gaia).
A acompanhar esta tendência de subida nos dois grandes centros urbanos estão também as pessoas em situação de sem-abrigo, que não param de aumentar em Portugal. Em 2010 recorreram à AMI 1.821 sem-abrigo, dos quais 701 pela primeira vez, mais 12 por cento do que em 2009. Nota mais uma vez o caso das mulheres nesta situação que já representam 29 por cento das pessoas sem-abrigo que procuraram a AMI pela primeira vez, uma agudização de 16 por cento em 12 anos.
A pobreza registada pela AMI em Portugal atinge sobretudo mulheres desempregadas, entre os 16 e os 65 anos, residentes nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto.
A maioria da população (69 por cento) que recorre aos centros sociais da AMI encontra-se em idade activa, seguida dos menores de 16 anos (23 por cento) e finalmente, a população com mais de 65 anos, (18 por cento).
Uma nota final em relação aos Abrigos Nocturnos de Lisboa e do Porto. Foram acolhidos um total de 129 homens.
Fundação AMI
Departamento de Informação e Comunicação
28 de Março de 2011

segunda-feira, 21 de março de 2011

Acidentes de trabalho 1985-2008

Por acidente de trabalho, entende-se todo o acontecimento inesperado e imprevisto, incluindo os actos de violência derivados do trabalho ou com ele relacionados, do qual resulte uma lesão corporal, uma doença ou a morte de um ou vários trabalhadores. São também considerados acidentes de trabalho os acidentes de viagem, de transporte ou de circulação, nos quais os trabalhadores ficam lesionados e que ocorrem por causa, ou no decurso do trabalho, isto é, quando exercem uma actividade económica, ou estão a trabalhar, ou realizam tarefas para o empregador.

Por acidente de trabalho mortal, entende-se Acidente de que resulte a morte da vítima num período de um ano (após o dia) da sua ocorrência.

Seguem a publicação dos dados relativos à estatistica envolvendo estes dois conceitos em Portugal:



Os valores apresentados referem-se a todos os acidentes de trabalho participados às entidades seguradoras, excluindo os acidentes ocorridos com subscritores da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e os acidentes que ocorram no percurso para o local de trabalho ou no regresso deste (acidentes de trajecto).
Notar que, o número de acidentes mortais em 1998, foi nulo pois, os dados não foram disponibilizados.

É de realçar que apesar do número de acidentes mortais ter ligeiramente diminuido, os acidentes de trabalho de forma global têm-se mantido, tendo-se mesmo verificado um aumento nos últimos anos.

É importante uma tomada de consciência para as boas práticas de trabalho no respeito da saúde e da boa vivência do Homem.

(Dados estatísticos Pordata 2011)

domingo, 20 de março de 2011

Segurex 2011

Decorreu na FIL, de 16 a 19 de Março, a SEGUREX 2011. A Cruz Vermelha Portuguesa esteve presente neste Salão Internacional de Protecção e Segurança, que se realizou na FIL - Parque das Nações, em Lisboa, no stand 4E50.

A CVP também integrou o stand 4B42 do Ministério da Defesa Nacional com uma exposição do Direito Internacional Humanitário.

A Instituição apresentou uma exposição/mostra das actividades da área de Emergência, do Ensino de Socorrismo e do Serviço de Teleassistência.

Durante a participação neste salão, foram organizadas algumas acções formativas:
     • Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa;
     • Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa/Socorrismo de Proximidade para colocação em espaços públicos.

Registou-se a participação.......

quarta-feira, 9 de março de 2011

Objectivos de desenvolvimento de Milénio - Metas a atingir até 2015

O que são os «Objectivos de Desenvolvimento do Milénio»?


Na "Cimeira do Milénio" da ONU, que teve lugar em Setembro de 2000, os países membros assinaram, em conjunto, uma declaração, a Declaração do Milénio, que fixou 8 objectivos de desenvolvimento específicos, a serem atingidos até 2015. Estes objectivos, chamados os "Objectivos de Desenvolvimento do Milénio" (ODM), podem ser resumidos da seguinte forma:

1. Reduzir para metade a pobreza extrema e a fome
2. Alcançar o ensino primário universal
3. Promover a igualdade entre os sexos
4. Reduzir em dois terços a mortalidade infantil
5. Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna
6. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves
7. Garantir a sustentabilidade ambiental
8. Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento

POBREZA
Somos quase 6 mil milhões de habitantes neste planeta. 1,2 mil milhões de nós sobrevive em condições de extrema pobreza, isto é, vive com menos de um dólar por dia. Destes, 70% são mulheres. 6,3 milhões de crianças morrem de fome por ano e há 842 milhões de pessoas sub-nutridas no mundo.

ANALFABETISMO
Cerca de 115 milhões de crianças no mundo não vão à escola. Destas, três quintos são meninas. 876 milhões de pessoas no mundo são iletradas, dois terços das quais são mulheres.

DESIGUALDADE ENTRE OS SEXOS
Dois terços dos analfabetos no mundo são mulheres e 80% dos refugiados são mulheres e crianças. Em muitos países as mulheres não têm direito à herança do marido, ficando desamparadas quando ele morre, não têm direito de voto nem de se associar nem de escolher o marido. Também em muitos países as mulheres não têm direito a aprender a ler, a ser remuneradas pelo seu trabalho e noutros, quando trabalham ganham em média menos do que os homens.

MORTALIDADE INFANTIL
Para além dos 6,3 milhões de crianças que morrem de fome anualmente mais 13 milhões morrem antes de atingirem os cinco anos por causas evitáveis, tais como diarreia.

MORTALIDADE DURANTE A GRAVIDEZ E O PARTO
Mais de 500.000 mulheres morrem, por ano, durante a gravidez ou o parto, e 99% destas mortes ocorrem em países em vias de desenvolvimento.

MORTALIDADE DEVIDO A EPIDEMIAS
1 milhão de pessoas morre por ano de malária e mais 2 milhões de pessoas morrem de tuberculose. Estima-se que entre 34 a 46 milhões de pessoas vivem com SIDA/HIV e entre 2,5 e 3,5 milhões de pessoas morreram de SIDA em 2003.

FALTA DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS
2 mil milhões de pessoas no mundo não têm acesso a fontes de energia regulares. 1000 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a água potável. 2,4 mil milhões de pessoas no mundo não podem contar com a melhoria do seu sistema sanitário.

DESIGUALDADE ENTRE OS PAÍSES RICOS E OS PAÍSES POBRES
15% da população mundial vive nos países ricos, embora sejam responsáveis por 50% das emissões de carbono no mundo e 20% da população mundial consome 80% dos recursos do nosso planeta. Nos próximos 25 anos a população mundial vai aumentar de 6 para 8 mil milhões de habitantes, mas a maioria vai nascer nos países mais pobres. Muitos países pobres gastam mais com os juros da dívida externa do que com a resolução dos seus problemas sociais.

terça-feira, 1 de março de 2011